Virou uma questão de
interpretação jurídica a determinação do Tribunal de Justiça do Estado, que
acatou pedido do Ministério Público dando um prazo de seis meses para a
Prefeitura de Piratini demitir 47 Cargos em Comissão.
De um lado, o jurídico
administrativo garantindo que a ação perdeu seu objeto devido à lei em questão
e, combatida pelo MP, não mais existir, já que uma nova com o mesmo objetivo
foi criada em janeiro deste ano.
Do outro, a oposição a Vilso
Agnelo, garantindo que houve um “atrapalho” de quem fez a redação do projeto 08/2008,
pois este apenas alterou artigos da 1167/90 e não a extinguiu como afirma o
setor competente, o que ganha força a partir da foto que ilustra a reportagem,
que mostra a parte superior do Projeto de Lei agora aprovado.
No centro das atenções, a
promotora Cristiana Chatkin que gravou na tarde de ontem, uma nova entrevista
concedida à Rádio Nativa e que vai ao ar na íntegra neste sábado pela manhã.
Pela primeira vez, Chatkin
admitiu a possibilidade do objeto da ação ter sido perdido com a possível, mas
ainda em avaliação, lei nova aprovada pela Câmara. Mas ela criticou o que
entende ter sido uma manobra do executivo para driblar, mesmo que dentro das
normas, a determinação, e apelou para a moralidade:
- Se a prefeitura está
fazendo isso com o objetivo de burlar a justiça, o prefeito deve pensar na
obrigação moral com a sua comunidade e que devem nortear os atos de um administrador.
Sem avaliar as novas informações, moralmente falando entendo que a ação tem
validade, deve ser cumprida e o concurso público precisa ser aberto – disse a
promotora.
Ela informou que já
requisitou à Prefeitura a relação de cargos, inclusive os novos, e as leis que
foram aprovadas para permitir a contratação, e novamente rebateu a afirmativa
de que tudo estaria conforme reza a Constituição.
- Eles disseram ao Jornal Diário
Popular que tudo foi feito dentro da lei. Não é verdade, pois, criaram novas
leis em desacordo com Constituição, dando apenas novos números e nomenclaturas,
colocando pessoas que nem sabem quais são suas funções e nem mesmo, algumas
delas, quem são seus chefes – criticou Chatkin.
Novas
providências- Além de estudar se a Lei 1167/90 foi
somente alterada e não extinta, o que deixaria no máximo para a prefeitura a possibilidade
de recorrer a uma instância superior da justiça para tentar a reversão da determinação,
Cristina Muller Chatkin disse que, se não se satisfizer com as respostas do
executivo, vai remeter novas informações e documentos à Procuradoria para que
uma nova Ação Direta de Inconstitucionalidade ADIN, seja ajuizada junto ao Tribunal de Justiça, absorvendo agora,
os novos Cargos de Comissão que foram criados, mas, não somente isso:
- Se o ato de ferir as leis foi
novamente feito, criando CCs entre aspas, falsos, o Ministério Público vai
mover uma nova ação de Improbidade Administrativa, a terceira, contra o prefeito
Vilso -
mas bah essa promotora é das boas, se tivessse várias com esse pensamento não haveria tanta sujeira , por parte das prefeituras!!!
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