A decisão do Tribunal de Justiça do Estado, determinado a
demissão de 47 Cargos em Comissão da Prefeitura de Piratini, ao que tudo indica será pauta por muito tempo e não apenas motivo de preocupação entre aqueles quem
veem seus empregos ameaçados, mas também nas esferas políticas da cidade. Este é o principal assunto que toma os bastidores dos poderes ,principalmente do legislativo, que recebeu esta semana um oficio da Promotora de
Justiça Cristiana Chatkin, que, além de informar sobre a ADIN ajuizada e
considerada procedente, também, em seu texto, condenou a participação da Câmara
de Vereadores que, por aprovar as leis que permitiram novas e antigas
contratações, na visão do Ministério Público deu aval para um ato
inconstitucional.
Leia parte do texto abaixo reproduzido:
- É um abuso e afronta à nossa Constituição Federal, sendo
esta Câmara, totalmente convivente com este agir, infelizmente. Assim, solicita o MP, que tal assunto seja discutido nesta Câmara, com o objetivo de exterminar
tais práticas nocivas e prejudiciais à comunidade, vez que visam somente fins
eleitoreiros e troca de favores políticos em detrimento do concurso público -
PMDB Contesta
A generalização por parte da promotoria mexeu com os brios do PMDB.
O vereador Cláudio Dias,(foto acima) usou a tribuna durante o Grande Expediente para
esclarecer que seu partido foi totalmente contra, através dos quatro votos os
quais tem direito na casa, às alterações na lei 1167/90, até então em vigor,
que permitiu a manutenção e a criação de novos cargos no executivo.
- Fizemos de tudo para que não fosse aprovado. Perdemos por
5x4, mas, tivemos postura, pois não somos contra ao que reza a nossa
constituição, portanto, o PMDB não pode ser atacado pelo Ministério Público –rebateu o parlamentar que a seguir acusou:
- Há muito tempo já denunciamos que esta é uma
maneira de comprar votos. Existem pessoas que fizeram concurso público e não foram chamadas para as
vagas que hoje são escolhidas pelos partidos, disparou Dias, sem ser claro de
qual ou quais partidos se referia.
Ele requisitou à presidência da casa a cópia do projeto votado e ainda a cópia da ata da reunião de 11 de janeiro, que pretende entregar à Promotoria.
Marcial Guastuci, Macega, ( á direita), rechaçou a posição do jurídico da
prefeitura publicada no Eu Falei na semana passada, que entende não ser preciso
cumprir a determinação do Tribunal de Justiça do Estado, pois na visão do
advogado Patric Farias, a nova lei aprovada em janeiro extinguiu a anterior, objeto
da ação.
- Se fizeram uma manobra com objetivo estratégico, tudo bem.
Mas politicamente, falharam. O que foi aprovado pela maioria foi à alteração de
artigos da Lei 1167/90 e não sua extinção, portanto ela ainda existe e é
inconstitucional – falou ou vereador em sua interpretação.
Para Macega, não há o que a prefeitura possa fazer para
reverter à situação –
- É lamentável porque pessoas vão perder seus empregos em
seus meses, conforme determinação do Tribunal. Não sei o que a prefeitura
vai fazer, talvez uma nova lei, o que duvido que agora os vereadores aprovem –
concluiu, fazendo uma referência aos parlamentares da base governista.
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