O major da Brigada Militar
Olímpio de Oliveira Quites, 70 anos e que pertence à reserva da corporação, define
como ”um espinho na garganta”, o episódio vívido por ele na quinta-feira, 14, quando aguardava a abertura do Fórum da
cidade na Praça Inácia Machado da Silveira.
A aparência peculiar,
cabelos compridos presos ao estilo “rabo de cavalo”, e o óculos escuro,
acredita ele foram suficientes para, aliado ao preconceito com pessoas estranhas
à cidade e que optam por ter um estilo de ser diferente, fazer com ele fosse visto como provável assaltante de bancos.
- Eu admirava o Chimarródromo,
o monumento à chama crioula e, de repente, fui cercado pela Brigada Militar pedindo para que eu me identificasse – conta o major.
Ele afirma ter apresentado a
identidade civil e não a militar, mas logo foi reconhecido por um sargento que
integrava a guarnição e que justificou a abordagem com a denúncia recebida
através do 190, de que um homem estaria avaliando o movimento da agência do
Banco do Brasil ali existente para assalta-la.
- Estou chocado e com essa
situação que está atravessada na minha garganta. Já visitei quatro países da Europa, outros sul-americanos,
muitos estados e nunca passei por isso. Vejo como preconceito devido a
minha aparência, pois me classificaram como vagabundo – desabafa o militar da
reserva.
Quites, que reside em
Cerrito e até então achava ser uma figura conhecida em Piratini devido a sua
atuação com raças equinas o que fez com que ele receber muitos piratinienses em sua propriedade,
criticou a atitude:
- Uma cidade que busca
alavancar o turismo e trata desta forma seus visitantes, levará 300 anos para
chegar ao mesmo nível atingido por municípios da serra gaúcha como Canela e
Gramado – exemplifica.
O major, que está em regime condicional,
explicou que vem ao Fórum a cada três meses onde precisa se apresentar à
justiça por possuir uma condenação cumprida até então em
instalação militar.
Creio que como militar, seja até vergonhoso dizer que já andou por varios lugares e nunca foi abordado por policiais, se isso ocorreu logo em PIRATINI, é sinal que a PM daqui esta atenta com a comunidade e por causa disso que o índice de assaltos a bancos aqui é ZERO.
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