sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Ladrões matam égua de estimação na Coxilha

Sexta-feira, 02 de agosto
  O desespero de mãe e filha diante da impotência
O desespero e as lágrimas de Idalina Lucas ao encontrar junto com agentes da Polícia Civil na manhã de ontem, quinta-feira, mais dois animais da propriedade deixada pelo marido aos cuidados da filha Tatiane há vinte anos, traduz o completo estado de impotência que toma os residentes e criadores da zona rural de Piratini que perdem sucessivas batalhas contra os abigeatários.

Em desespero, ela aos gritos questiona o motivo de tanta violência contra as únicas duas éguas que serviam à propriedade e uma delas, Tordilha, nome dado devido à pelagem, era o animal de estimação de Tatiane Madruga, 40 anos, professora que afagando a cabeça de Tordilha, uma das poucas partes deixadas para trás pelos ladrões, lamentava a perda da companheira por quem tinha uma ligação sentimental. Diante  do absurdo, a mãe não se conteve.
- Não há justiça! Não há justiça! – repetia Idalina.

Localizada a 13 quilômetros da cidade, o local parece conceder aos ladrões a certeza de que ali, parece ser fácil invadir, matar e carregar.
- Eles já mataram ovinos  na mangueira. De 2011 até agora, foram 39 ovelhas. Na primeira, 17 foram carneadas, na segunda, dois meses depois, em dezembro, mais vinte foram mortas e outras duas levadas vivas – contabilizava Tatiana para nossa reportagem nesta tarde da DP local, até ser lembrada pelo Inspetor Dutra de que em 2005 ela já havia tido um prejuízo ao ter outros cinco animais abatidos.

Ladrões destroçaram éguas usadas no serviço campeiro
 Ao falar das éguas, um desabafo seguido de lágrimas.
- Acho que não estaria tão abalada como estou, se eu tivesse encontrado outra mangueira de ovelhas roubadas. Não sei mais o que fazer – admitiu a professora profundamente abalada e emocionada.

A comoção da família foi tanta que até mesmo a equipe da Polícia Civil acostumada a atuar em situações muito mais extremas, se sensibilizou com o fato, o que pode ser percebido nas imagens que, mesmo com pouca qualidade, decidimos publicar tomando o cuidado de eliminar o áudio de um dos vídeos dado ao diálogo forte nele contido. Na delegacia um dos policiais opina: 
- Quem mata na verdade é quem compra esta carne por cinco reais o quilo, mantendo o mercado para os abigeatários sem se importar com as doenças decorrentes das vacinas e outros medicamentos ,como o Ivomec, recebidos por estes animais –

Um dos danos causados pelo antiparasitário Ivomec é a possível má formação fetal no caso de mulheres grávidas que consomem carne roubada. No mercado clandestino a carne de equinos, vendida geralmente em forma de linguiça.

3 comentários:

  1. O produtor rural tem que se armar para defender seus bens, porque se depender da justiça vai ficar sem nada. Essa lei do desarmamento só serviu aos bandidos.

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  2. Lamentável que isso ocorra. Socorro delegado.

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  3. Na boa eu tenho vergonha da minha cidade natal, a gente sai daí e não ve essas coisas, eu já nem vou mais em Piratini quase porque 90% das notícias que se lê são revoltantes, é ridículo isso.

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