sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Teófilo pega 16 anos pela morte de Moacir


Os argumentos dos advogados Ismael Pires da Rosa e do assessor Marcial Guastuci, não foram suficientes para convencer o corpo de jurados de que Teófilo Damasceno dos Santos, 54 anos, agiu em legítima defesa quando efetuou um disparo de arma de caça contra seu vizinho Moacir Neves Islabão, em agosto de 2008 no Passo da Invernada, 1º distrito de Piratini.
O fato concluiu uma inimizade que durava vinte anos e, após atirar, Teófilo chamou a polícia e o socorro para o baleado.

Passava das 18 h quando o juiz Roger Xavier Leal leu a sentença baseada na decisão dos jurados que levaram pouco mais de dez minutos para considerar o agricultor culpado por homicídio com duas qualificadoras: motivo fútil e sem dar chance de defesa à vítima, o que foi crucial para elevar a pena imposta a ser cumprida inicialmente em regime fechado.
 Mas Teófilo não saiu algemado do tribunal como queriam os familiares de Moacir presentes ao julgamento.
Como alegou Xavier Leal, ele permaneceu durante todo o processo em liberdade e, como até então era primário e não oferta perigo à sociedade, poderá aguardar em liberdade a apelação a uma instância superior.

Os jurados não aceitaram a versão de legitima defesa baseado no depoimento do réu que alegou estar Moacir com um revólver na cintura que só não foi sacado por este ter ficado enredado no blusão que ele usava quando os dois discutiram devido à vítima não ter fechado a porteira que limitava suas propriedades.

- Se ele quisesse matar, tinha mais dois cartuchos na arma, teria terminado o serviço e ninguém ia poder provar que foi ele – argumentou ao júri Marcial Guastuci.
 Empunhando a arma do crime, a promotora Cristiana Chatkin justificou seu pedido de condenação
- Além de ter matado uma pessoa por causa de uma porteira, motivo vil, fútil, o réu pegou a vítima de surpresa sem que ele pudesse se defender – alegou a promotora Cristiana Chatkin reforçando sua tese de que Moacir na verdade, sofreu uma tocaia de seu desafeto.
Sereno, Teófilo comentou a sentença a ele imposta pelo júri.- Acho que a pena foi exagerada. Era uma inimizade antiga e se tudo que foi dito aqui não foi suficiente, nos resta aguardar e confiar na justiça – limitou-se a dizer.
Assista abaixo o vídeo com a leitura da sentença e também de parte da tese do Ministério Público

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