sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Chama abre Semana Farroupilha de Piratini

Cavalarianos concluíram cinco dias de cavalgada
“Quem não dança segura às crianças” ordenou Dener Espindola ao ouvir que a gaita de Zé Garcia e o violão do Funari passavam a animar o acampamento montado na Tropilha Laço da Amizade, berço dos rodeios da Capital Farroupilha e a pouco mais de vinte e cinco quilômetros do destino final que vai abrigar por nove dias a centelha que simboliza a tradição cultivada no pago sulino.

Após dias de estrada, o semblante assolhado traduz não só o cansaço, mas também a satisfação de estar prestes a cumprir outra vez o trajeto que totalizará cinco dias, a maioria deles no lombo do cavalo numa cavalgada que reuniu 46 cavalarianos.

Dener, que se auto intitula a “Cepa do Rio Grande e o tutano do gauchismo, tal sua paixão pelos hábitos peculiares ao Garrão do Brasil, dá uma pausa na cantoria que homenageava o saudoso Teixeirinha para falar da responsabilidade de ser gaúcho na terra de Barbosa Lessa, enquanto aceitava sem exageros dado suas obrigações como radialista, provar junto à gurizada mais nova e que não dança uma pinga feita com receita desconhecida.


- Levamos a chama que abre a festa do gaúcho e simboliza a nossa tradição. A obrigação é maior se você nasce aqui, pois onde tem Piratini pesa mais o casco do cavalo – sintetiza.

Verli Borges depois de dias distante se encontrou com a prenda e com toda a família na noite de truco, pife onde só o sargento e o Sérgio pelaram os cobres, pinga e carreteiro, mas, não se arriscou na dança. Preferiu falar dos vinte e seis anos participando da busca de centelha, o que faz ao lado de outros dois amigos, ( foto) Alvonir Furtado, 69 anos e Luís Reyes, 46, trio mais antigo na condução.


Todo o ano já fica acertado com o patrão: dez dos trinta dias de férias serão tirados fora de época, em setembro, para garantir que o filho Matheus, 14 anos participante de cinco buscas, tenha no pai uma referencia e um estímulo para manter a bombacha, o chapéu e os arreios.

- Gosto desse envolvimento. É uma maneira de conservar nossa cultura e transmitir ao meu filho nossa cultura – resume o comerciário.

Ás 16: 30 h desta sexta-feira 13, eles que partiram de Arroio Grande, bolhando a perna em Pedro Osório acessaram a Avenida Maurício Cardoso e o logo após Centro de Eventos Erni Pereira Alves onde os festejos ocorrem. Na condução do Candeeiro, a professora Dionea Oliveira da Rosa, a prenda do Sargento, que orgulhosa de seu feito desfilou pela cidade escoltada pelos companheiros de uma jornada que chegava ao fim.

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