Segunda-feira, 02 de setembro
Os dias 31 de agosto, 1º e parte do dia 02 de setembro
serão lembrados de forma negativa pelos piratinienses talvez como o maior
apagão da história e que isolou a cidade do restante do Estado.
Praça do Palanque às escuras, manteve famílias à espera da luz |
De imediato, o balanço dos prejuízos é impossível
calcular, mas, certamente o consumidor residencial da CEEE é o mais atingido ao
ter alimentos perecíveis, principalmente à carne, perdidos devido à ausência
por 35 horas.
Somam-se a estes, possivelmente numa proporção igual ou
maior, aqueles produtores de leite que, na ausência da energia elétrica não
alimentam os resfriadores do produto através de um gerador.
Escapam desta estatística os moradores dos bairros Padre
Reinaldo, Santa Isabel, Calcário, parte dos residentes do Getúlio Vargas, da
Avenida Perimetral, Avenida 6 de Julho e moradores dos arredores do Balneário
Municipal. Sem luz por 12 horas, estes foram contemplados por uma manobra da CEEE
para que tanto hospital quanto Corsan, situados nesta região urbana, não
ficassem sem energia e, para isso, o abastecimento veio do Alimentador 4 de
Pinheiro Machado.
Devido a queima de um transformador na Subestação 4 de
Pelotas, O município ficou, assim como Pelotas e Canguçu, as escuras a partir 22 h de sábado e teve o
problema amenizado doze horas após quando a luz retornou faltando novamente uma
hora depois se mantendo somente nos bairros e avenidas citadas.
Uma das maiores faltas de fornecimento dos últimos vinte
anos foi sanada às 09:40 h desta segunda –feira deixando como saldo transtornos
de toda ordem.
Quem necessitou sacar dinheiro ou pagar títulos nos caixas
eletrônicos das agências bancárias encontrou as portas fechadas.
Brigada Militar e Polícia Civil trabalharam com
deficiência devido ao sistema ficar inoperante ou prejudicado, não podendo nem
mesmo oficializar ocorrências que serão registradas hoje.
Sem luz, sem sinal de internet e também sem sinal de
telefonia celular, restou aos piratinienses apenas aguardar.
A Praça Inácia Machado da Silveira, o Palanque, devido ao
calor que anuncia a próxima estação e também aos eventos iniciais da Semana da
Pátria, foi o ponto de encontro das famílias que com a chegada da noite mesmo
sem iluminação, permaneceram no local devido à falta de opções de lazer ou
mesmo em casa.
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