Quarta-feira- 14 de agosto de 2019
Programa atende oito crianças que frequentam a Apae |
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Piratini (Apae) mantém programas de métodos alternativos para que crianças com problemas físicos e psicológicos possam ter estes reduzidos ou superados em alunos da entidade acometidos, por exemplo, de autismo, paralisia cerebral e todo e qualquer patologia causada por lesão neurológica.
Essa égua na foto, que é mansa e pelo seu comportamento já criou um laço com a garotada, chama-se Linda. Ela foi cedida por seu proprietário para que a entidade possa manter a equoterapia, atividade que semanalmente proporciona aos seus participantes um contato com os equinos, animais que colaboram para melhoras possíveis em seus quadros.
A fisioterapeuta Renata Tarouco, responsável pelo programa, considera que a equitação, faz com que os praticantes com deficiência alcancem o desenvolvimento biopsicossocial.
“Quando eles estão sentados no lombo do cavalo, no nosso caso, da égua, o animal que por sua natureza e ao nosso comando tem um movimento tridimensional: para frente e para trás, para um lado e para o outro e ainda nas diagonais, proporciona aos alunos o envio de uma informação para o cérebro como se ele estivesse caminhando”, explica a fisioterapeuta.
Segundo Renata, isso ajuda muito a crianças que não tem a marcha, ou seja, que não tem o movimento ou a coordenação nas pernas, caso dos acometidos por paralisia cerebral. Mas há outros benefícios.
“ Conseguimos ao mesmo tempo o fortalecimento e o relaxamento da musculatura, a melhora dos sistemas digestivo e respiratório, e no caso dos autistas, o desenvolvimento da afetividade, uma das dificuldades para eles”, explica.
Para Débora Souza, 24 anos, mãe da pequena Ana Júlia de cinco anos, portadora de graves problemas cerebrais, a melhora proporcionada pelos exercícios no lombo de Linda são perceptíveis.
“Desde que nasceu ela frequenta a Apae. Há um ano ela participa do programa e isso já fez com que ela conseguisse ter mais firmeza no tronco. Minha filha interage com o animal e isso também é positivo”, conta a mãe.
Renata também observa essa troca entre a égua e as crianças que usufruem ainda do contato com a natureza no amplo espaço da Associação Rural, parceira do programa, assim como também a Clínica Cei.
“Outro dia chovia e a Linda estava brava e inquieta, mas bastou chegar o primeiro aluno para ela se acalmar. Ela já conhece eles e há uma troca”, afirma Renata.
Nael Rosa- redator responsável
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