BM de Piratini ganha mais dois Sargentos de escola

Sargentos foram promovidos

O 4º Pelotão de Brigada Militar de Piratini recebeu esta semana o retorno de dois Pms que após oito meses de curso na Escola de Formação e Aperfeiçoamento de Sargentos, Esfas, de Santa Maria, foram reinseridos ao efetivo local.

Álvaro Madruga Pinheiro, 51 anos, também conhecido na comunidade como Jacaré, brigadiano com 32 dois anos de corporação, concluiu às 1200 horas aulas que compõem a qualificação junto com Luís Carlos Silva Pereira,  também com 51 anos.

Ambos com a conclusão foram elevados a 2º sargento, uma das vantagens da qualificação que disponibilizou esse ano 600 vagas, 70% delas reservadas para já graduados como 3º sargentos, que conquistam o direito de cursar a Esfas por antiguidade e merecimento na BM. O restante das vagas foram para militares, inclusive soldados, que optaram em buscar as divisas no início da carreira.

SGT Álvaro tem 32 anos de BM

A formação oportuniza entre outras vantagens e funções, que os sargentos da Esfas assumam o comando de pelotões na ausência de um oficial, uma rápida promoção a 1º sargento enquanto ainda estiverem na ativa e a aposentadoria como 1º tenente, o que para os novos formados deve ocorrer em poucos anos já que ambos estão próximos de atingir o tempo limite de serviços prestados à Brigada Militar.

O mais empolgado com a formação na reapresentação ao Pelotão de Piratini, foi Luís,  PM há 30 anos, que aos colegas de farda contava sobre a emoção que passou ao se despedir dos colegas vindos de várias partes do estado durante o tempo em que a experiência durou.

Luís Carlos quer ser orgulho pra o filho

- Foi sofrido, é difícil, mas valeu a pena. Longe da família, R$ 700.00 de investimento por mês e tudo mais. Somente na primeira quinzena 16 desistiram. Na despedida foi impossível não se emocionar, pois sabemos que a maioria dos 203 colegas com quem convivi por meses não vou mais rever e um deles certamente, pois não conseguiu chegar ao final do curso, vindo a falecer- relembrou Pereira.

Para ele, que finalizou com média oito, a decisão de ingressar na Esfas já próximo a aposentadoria, visa uma reserva com um melhor salário, mas bem acima disso está um exemplo que ele queria dar ao filho.

- Queria mostrar e também estimular meu filho, Rafael, 18 anos, que vale a pena o sacrifício que o pai dele decidiu fazer, pois nunca é tarde para tentar, fazer novos amigos e que precisamos ter humildade, pois superioridade não nos leva a nada – disse o sargento.