As centenas de mortes por H1N1 veiculadas diariamente na mídia estadual fizeram com que uma boa parte da população de Piratini muda-se
o comportamento que até então demonstrava ser de pouca preocupação com a
imunização pela vacina.
Atualmente a procura é intensa e a impossibilidade de recebê-la no caso de não pertencer ao grupo de
risco, que agora tem uma ampliação, tem causado protestos isolados e reclamações
à imprensa.
Mas o secretário local e de
saúde, Diego Espindola ,reafirmou que a vacinação generalizada, ou seja, para
pessoas de todas as idades que já teve sua etapa concluída, não será retomada.
Continuarão com direito a imunização, idosos a partir de 60 anos, gestantes,
crianças entre e seis meses a 11 meses e 29 dias,
profissionais de saúde e agora também cardiopatas ou pacientes com câncer e que
estejam fazendo quimioterapia e radioterapia, precisando todos estes de
indicação médica da vacina.
O secretário argumentou que
para mudar esta realidade não basta apenas a preocupação daqueles que no início
da imunização optaram por não receber a vacina e sim casos da doença
confirmados na cidade, o que até o momento não existe.
- Não é somente em Piratini
que não há casos confirmados e sim em todos os municípios que integram a nossa
Coordenadoria de Saúde, então não há embasamento para que tenhamos outra posição
a não ser a que vigora no momento. Precisaríamos no mínimo de cinco casos para
eles abrirem para todos – argumentou Espindola por telefone ao Blog Eu Falei.
O gestor ampliou a
justificativa lembrando que agora pouco efeito teria vacinar todos que ainda
faltam, pois a pessoa leva em torno de vinte dias após receber a dose para ter
seu organismo imune, tempo em que o vírus já terá perdido força segundo os
estudos.
Ele também criticou a
postura da população que só agora diante das mortes em outras regiões mudou sua
visão com relação aos perigos que a H1N1 oferece às suas vítimas.
- Quando a vacinação esteve aberta
muitos idosos não a fizeram porque acham que vão adoecer se tomarem, as
crianças não tomaram porque as mães argumentam que o pediatra não prescreveu e,
agora todos mudam de ideia e reclamam até na Promotoria de Justiça. Nós não podemos
planejar uma vacinação desta forma – disparou Diego. Ele lembrou que as vacinas
contra outras doenças graves como Pólio, Febre Amarela e Tétano estão à
disposição e o município ainda não atingiu os índices exigidos.
- Na suspeita os médicos
estão aplicando o Tamiflu, remédio usado no tratamento da Gripe A, e deste
temos um bom estoque e, quanto às vacinas, recebemos mais cem doses mas estas
serão destinadas ao grupo de risco e sua ampliação já citado acima – finalizou.
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