terça-feira, 17 de julho de 2012

Gripe A: vacinação generalizada não será retomada garante secretário


As centenas de mortes por H1N1 veiculadas diariamente na mídia estadual  fizeram com que uma boa parte da população de Piratini muda-se o comportamento que até então demonstrava ser de pouca preocupação com a imunização pela vacina.
Atualmente a  procura é intensa e a impossibilidade de recebê-la no caso de não pertencer ao grupo de risco, que agora tem uma ampliação, tem causado protestos isolados e reclamações à imprensa.
Mas o secretário local e de saúde, Diego Espindola ,reafirmou que a vacinação generalizada, ou seja, para pessoas de todas as idades que já teve sua etapa concluída, não será retomada. Continuarão com direito a imunização, idosos a partir de 60 anos, gestantes, crianças entre e seis meses a 11 meses e 29 dias, profissionais de saúde e agora também cardiopatas ou pacientes com câncer e que estejam fazendo quimioterapia e radioterapia, precisando todos estes de indicação médica da vacina.
O secretário argumentou que para mudar esta realidade não basta apenas a preocupação daqueles que no início da imunização optaram por não receber a vacina e sim casos da doença confirmados na cidade, o que até o momento não existe.
- Não é somente em Piratini que não há casos confirmados e sim em todos os municípios que integram a nossa Coordenadoria de Saúde, então não há embasamento para que tenhamos outra posição a não ser a que vigora no momento. Precisaríamos no mínimo de cinco casos para eles abrirem para todos – argumentou Espindola por telefone ao Blog Eu Falei.
O gestor ampliou a justificativa lembrando que agora pouco efeito teria vacinar todos que ainda faltam, pois a pessoa leva em torno de vinte dias após receber a dose para ter seu organismo imune, tempo em que o vírus já terá perdido força segundo os estudos.
Ele também criticou a postura da população que só agora diante das mortes em outras regiões mudou sua visão com relação aos perigos que a H1N1 oferece às suas vítimas.
- Quando a vacinação esteve aberta muitos idosos não a fizeram porque acham que vão adoecer se tomarem, as crianças não tomaram porque as mães argumentam que o pediatra não prescreveu e, agora todos mudam de ideia e reclamam até na Promotoria de Justiça. Nós não podemos planejar uma vacinação desta forma – disparou Diego. Ele lembrou que as vacinas contra outras doenças graves como Pólio, Febre Amarela e Tétano estão à disposição e o município ainda não atingiu os índices exigidos.
- Na suspeita os médicos estão aplicando o Tamiflu, remédio usado no tratamento da Gripe A, e deste temos um bom estoque e, quanto às vacinas, recebemos mais cem doses mas estas serão destinadas ao grupo de risco e sua ampliação já citado acima – finalizou.

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