As constantes bebedeiras do filho Adão Reis, 43
anos, fizeram com que as muitas ameaças de agressão se
transformassem em realidade na sexta-feira quando a rural Lurdes
Saraiva dos Reis, 67 anos, com o que lhe restava de forças conseguiu contratacar
e fugir das esganadura praticada pelo filho alcoolizado.
- Há muito
tempo, toda vez que ele se embriagava, prometia de me dar tapas na cara e ontem
(sexta), quando eu estava na cozinha ele me empurrou, me deu um soco que me
quebrou dois dentes, me agarrou pelo pescoço e tentou me esganar. Eu comecei a
gritar por socorro, mas como na casa só mora nós e não havia ninguém perto,
então venci tirar uma das chinelas que usava e bati no rosto deles muitas vezes
– relatou a aposentada ao Blog Eu Falei, enquanto Adão aguardava em uma das
salas da Delegacia de Polícia Civil, algemado e vigiado pelo sargento Leal.
O fato
aconteceu na Costa do Bica, terceiro distrito de Piratini, mas só foi
comunicado à Brigada Militar na tarde de ontem e, imediatamente uma guarnição
foi deslocada para o local efetuando a prisão e conduzindo a mãe agredida até o
hospital local para exame de corpo e delito e posterior depoimento.
A reportagem
também ouviu o agressor que confuso alternou entre a negativa do fato e a
possibilidade de ter cometido.
Com forte
odor etílico, visíveis sinais de embriaguez e muitos hematomas na face pelos
quais responsabilizou outro irmão, Adão deu sua versão.
- Eu tomei
umas canhas a mais e bateram em mim. Dizem que eu estava meio bêbado e que eu
dei um tapa em minha mãe, mas não sei se isso é verdade.Eu não sei como ela se
machucou porque como eu já disse, eu não lembro. Se eu fiz gostaria de ficar de
joelhos e pedir perdão pra ela porque errar a gente erra -
Ao ser
questionada sobre como se sentia sabendo que o filho poderia ser preso por
tentativa de homicídio contra ela, Lurdes se emocionou.
- Não quero
isso. É meu filho. Só gostaria que vocês arrumassem um serviço pra ele ficar na
cidade trabalhando pois comigo não quero mais ele morando – disse a mãe, desmentido
a seguir que os hematomas na face do filho agressor tenham sido causados pela
família.
- Ele bêbado
caiu por aí, se machucou e agora quer por a culpa em alguém -.
Após ser
ouvido, Adão foi liberado. A policial Nanci Picanço explicou que a decisão foi
em virtude da falta de flagrante já que as agressões ocorreram um dia
antes. Nanci informou que o delegado Paulo Costa vai abrir inquérito e decidir
se indicia o autor por tentativa de homicídio ou por agressão.
Pobre mãe. Quem vai dar serviço pra um cachaceiro desse? só se for na fabrica de canha como degustador! Existem situações complicadas tipo essa onde envolve mãe e filho, a mãe sabe que o filho não presta, mas não quer o mal dele. Deveria existir um apoio a família a fim de reabilitar e reestabelecer a paz e uma vida normal.
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